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Polícia Civil e MPRJ miram responsáveis pelo fornecimento de drogas e armas para facção criminosa

Agentes da 60ª DP (Campos Elíseos) e do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado tentam cumprir 22 mandados de prisão e 39 de busca e apreensão contra chefes do Comando Vermelho. Há mandado sendo cumprido no condomínio Novo Leblon. Polícia Civil e MPRJ miram responsáveis pelo fornecimento de drogas e armas para facção criminosa
A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro prenderam, na manhã desta terça-feira (13), 9 suspeitos pelo fornecimento de armas e drogas para a facção criminosa Comando Vermelho (CV). Ao todo, os agentes visam cumprir 22 mandados de prisão e 39 de busca e apreensão.
A investigação, que teve início há dois anos, revelou que o armamento seria usado no fortalecimento e em expansões territoriais da facção no Rio, inclusive na Zona Oeste da capital, e em outros estados. Há mandado sendo cumprido no condomínio de luxo Novo Leblon, na Barra da Tijuca.
A ação, que é parte da “Operação Contenção”, prendeu 4 suspeitos em São Paulo, 3 no Rio de Janeiro, 1 em Mato Grosso e 1 em Rondônia.
Segundo a polícia, as comunidades dominadas pelo CV no Rio são usadas há muito tempo por traficantes de outros estados como ponto de refúgio.
Agora, esses bandidos de fora do Rio se associaram de vez aos chefes da facção criminosa não só para a expansão territorial, mas dominando algumas comunidades da Região Metropolitana, como na comunidade da Muzema, na Zona Oeste, onde quem dita as regras é um traficante de Rondônia.
Entre os alvos de mandados de prisão estão Edgar Alves de Andrade, o Doca, Jonathan Ricardo de Lima Medeiros, o Dom, e Jonathan Ianovich, que foi preso em São Paulo.
A operação desta terça é comandada por agentes da 60ª DP (Campos Elíseos) em conjunto com o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio (Gaeco).
Alvos vão responder por diversos crimes
Os alvos vão responder por associação para o tráfico de drogas com emprego de arma de fogo e entre estados da federação, falsidade ideológica, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e comércio ilegal de arma de fogo.
De acordo com as investigações, os criminosos chegavam a movimentar R$ 5 milhões em menos de um mês através de um esquema que operava em diversas comunidades do Rio e de outros estados.
Por conta disso, os agentes representaram pelo bloqueio de cerca de R$ 40 milhões em bens e valores de pessoas físicas e jurídicas ligadas ao grupo.
Até o momento, em etapas anteriores da Operação Contenção, já foi solicitado bloqueio de mais de R$ 6 bilhões em bens e valores da facção criminosa.
Além da captura dos alvos e da coleta de evidências para robustecer as investigações, a operação também busca a asfixia financeira do grupo, para interromper esse engrenagem. A consequência imediata esperada é a interrupção na logística para obtenção de armas e de drogas a lideranças do Comando Vermelho que atuam em diversas comunidades.
As investigações contaram com a colaboração da Polícia Rodoviária Federal, da Receita Federal, do Exército Brasileiro e do Homeland Security Investigations dos Estados Unidos.

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